Small Data — pequenas pistas podem gerar grandes insights
“Condensar fatos a partir de vapores de nuances” é uma frase que aparece no livro SnowCrash, para descrever o fato de uma personagem conseguir detectar e interpretar os dados que transmitimos o tempo todo, sem perceber, por meio de expressões no rosto e corpo.
Esses pequenos vapores de nuances são chamados de small data (pequenos dados).
Martin Lindstrom (2016), no livro intitulado Small Data, faz o seguinte questionamento:
- Estamos atentos à sequência de small data que deixamos escapar todos os dias — rituais, hábitos, gestos e preferências que acabam expondo quem realmente somos?
Ainda conforme Lindstrom (2016), um pequeno dado, visto de forma isolada, normalmente é insuficiente para a elaboração de um caso ou hipótese. Entretanto, quando analisado junto com outros insights e observações, pode fomentar novos negócios.
Lindstrom se auto-intitula como um consultor de marcas. Ele é contratado pelas empresas para determinar o que realmente querem os seres humanos e , assim, descobrir maneiras de oferecer tais coisas.
Lindstrom (2016) comenta que, apesar de todos os dados que o Google tem, suas informações sobre os consumidores ainda são limitadas — o Google não sabe nada sobre os humanos e sobre o que nos move. Assim, “considerando que os gerentes não sabem o que fazer com os grandes dados, todos estão atrás do que surge logo após — os small data” (p. 20).
Em resumo, o autor aponta que:
“A integração de dados on-line e off-line, ou seja, o casamento dos big data com os small data — é um elemento fundamental à sobrevivência do marketing e ao seu êxito no século XXI” (LINDSTROM, 2016).
Condensar fatos a partir de nuances de vapores…quem realmente somos por trás dos filtros?
Interessante, não?
Para saber mais sobre big data ver o texto Você é o que você publica (e curte e compartilha e pesquisa e…) — Big Data & livre arbítrio
Referência:
LINDSTROM, Martin. Small Data: como poucas pistas indicam grandes tendências. RJ: HarperCollins Brasil, 2016.